O banco Caixa Econômica Federal
divulgou em 2013 uma série de propagandas relacionadas a elementos da cultura:
balé, teatro, pintura e música. O enfoque principal era relacionar a marca com
os eventos culturais, e principalmente, divulgar os investimentos feitos na
área.
A análise será feita a partir da publicidade que enfoca o teatro.
A análise será feita a partir da publicidade que enfoca o teatro.
Para
compreender os argumentos utilizados pela marca na propaganda, é preciso,
primeiramente, analisar pela ótica da retórica aristotélica. O termo retórica
significa arte da palavra, na publicidade, utiliza-se a oratória para persuadir,
em outras palavras, o orador recorre a argumentação. Aliado a esse conceito,
Aristóteles explica três aspectos fundamentais: Pathos, Ethos e Logos.
Pathos é explicado na intenção de
despertar sentimentos no receptor. Isso é percebido na publicidade no final do
texto, “prepare-se para interagir, admirar, se emocionar. E aplaudir”. A frase
incita o leitor a se emocionar e relacionar-se com o teatro, despertando uma
aproximação do receptor com o tema.
O intuito de transmitir a sensação de
credibilidade do orador através da argumentação é chamado de Ethos. Na
propaganda, ao afirmarem que a Caixa é o banco brasileiro que mais investiu em
cultura, há a nítida intenção de provocar no receptor confiança na marca. Para
afirmar essa contestação, eles utilizam números, tornando a argumentação lógica
e diminuindo possibilidades de questionamentos. Arisóteles define esse meio de
persuasão como Logos.
É perceptível a intenção de usar argumentos
emocionais para gerar um impacto no receptor. A imagem gera uma empatia do
público, por remeter uma lembrança ao mesmo, há uma identificação pela
familiaridade do tema. Além disso, a frase final já citada, estimula o público
a relacionar-se com o teatro, mas principalmente participar com emoções.
O slogan da campanha, “Onde tem
cultura brasileira, tem as mãos da Caixa” explica o conceito da imagem. Duas
mãos segurando o artista simbolizam essa interação da marca com a cultura. A
imagem é atrativa e desperta o interesse do público, por tratar-se de uma
situação incomum, o homem agindo como um boneco. Pode-se interpretar de duas
maneiras essa ideia: o homem sendo apoiado pela mão, ou seja, pela Caixa; o
outro sentido seria negativo, a mão manipulando o artista. A concepção da
imagem demonstra-se ambígua.
A propaganda é de todo assertiva,
por relacionar-se com um tema de interesse comum, a cultura, especificamente
nesse caso, o teatro. A marca se destaca por sua linha de argumentação, ao diferenciar-se
das propagandas comuns de bancos, relacionadas a prestação de serviço. Apresenta
ao público uma nova ótica da empresa, o de investimentos em interesses
nacionais, como a cultura, isso complementa o slogan fixo da marca, “A vida
pede mais que um banco”, ou seja, distingue-se das outras empresas por ser
oferecer outros complementos.
Laura Kronbauer
emocional
ResponderExcluirLaura, atenção na formatação do texto para ser publicado num blog, os parágrafos estão desconfigurados.
ResponderExcluircorreções:
recorre à argumentação. Aliados a esse conceito, Aristóteles define três aspectos fundamentais:
Para afirmar essa contestação,
Para atestar esta afirmação
relacionadas a
relacionadas à