sábado, 8 de novembro de 2014

Análise Peça Publicitária: BK


Uma propaganda do Burger King será difícil não conter a imagem de um lanche da marca e essa não é diferente e logo de cara, ao se observar uma propaganda da marca, o leitor tem vontade de consumir o lanche, que sempre é uma imagem bonita, que dá "água na boca".

O título da peça é totalmente sugestivo e faz com que o leitor tenha aguçada a vontade de ir para o Burger King e consumir o lanche da propaganda; ou seja, sensibiliza o leitor e provoca vontade nele. É um título-sugestivo e completa a imagem, fazendo um convite ao leitor.

O elemento visual se encaixa perfeitamente com o verbal, no sentido que a imagem tem como destaque o cheddar e acima da segunda camada de cheddar, o "whopper" (cebola caramelizada).

A propaganda não usa um texto além do título e o slogan do produto abaixo, que visa explicar o lanche e seus elementos que seriam os "diferenciados".

A "mensagem" passada através da peça contém impacto, ao fazer com que o leitor lembre-se de ter visto a peça quando chegar em uma praça de alimentação, e tem potencial para que não seja esquecida rapidamente; é bem clara na sua mensagem e tem relevância para o público.

Destaque para, assim como a maioria das propagandas, a marca vindo na parte inferior e na parte onde o público terminaria de ler o anúncio, visto que este estampava uma página ímpar de revista

Enrico Monteiro

Análise de publicidade: Direção Consciente



        

      Essa campanha foi feita em uma cidade da Nova Zelândia, com objetivo de conscientizar os motoristas.O cartaz conta com sensores que liberam um líquido vermelho toda vez que começa a chover , dando a impressão de que o  menino do outdoor está sangrando.
         Em todos esses aspectos da campanha, podemos perceber o apelo ao Phatos se dá  através do impacto visual do cartaz, com o Logos da frase "Chuva muda tudo. Por favor dirija de acordo com as condições".
         O principal foco da campanha é fazer com que as pessoas se sensibilizem com a imagem do garoto "sangrando" e assim conscientizá-las por meio da persuasão através de argumentos emocionais que buscam a adesão do motorista à direção consciente.
         Outro aspecto importante da campanha é o estímulo visual causado pelo líquido vermelho que prende a atenção do espectador e intertextualiza com a frase.
         Por ter um discurso direto e ter sido construída de forma que o espectador assimilasse rapidamente a mensagem da publicidade, a campanha é de fácil memorização e tem ação direta com o seu interlocutor que se envolve coma campanha e assim adere à mensagem.


Larissa Alves
 

Análise da peça publicitária- Garnier Fructis

      Esta campanha foi lançada no dia 7 de outubro de 2014 pela Garnier Fructis para a linha Apaga Danos, que inclui xampu, condicionador, óleo, creme sem enxágue, máscara e a ampola de tratamento e promete detectar danos e fissuras nos fios para uma reconstrução profunda. 

      O pathos e o ethos da retórica aristotélica estão presentes na figura da Bruna Marquezine. O primeiro atinge o público por conta do carisma da atriz, que é querida por boa parte dos brasileiros, e portanto, com a imagem dela na propaganda, as pessoas vão analisar melhor a proposta da marca. O segundo encontra-se na confiança que a figura de Marquezine passa, por ser uma personalidade que está constantemente na mídia e representar atualmente um padrão de beleza no país. Isso influencia a atitude do público com a sua recomendação do produto. E, além da confiança passada por Bruna, muitas mulheres gostariam de ter um cabelo como o seu, e acreditam que comprando os cosméticos da marca, alcançarão esse objetivo. Logo, este é também um argumento emocional que atinge o público feminino.
      O logos encontra-se na seguinte declaração de Bruna “Fructis mudou e eu mudei para Fructis”. Isso pode convencer o público a experimentar a nova linha da marca, mesmo que já tenha usado e não aprovado, pois mostra que o produto melhorou a ponto de Marquezine escolhê-lo para usar, em meio a tantos outros.
      Nessa campanha, há também a presença do maravilhoso, já que faz as mulheres acreditarem que terão uma vida próxima à da atriz se utilizarem os produtos da linha Apaga Danos e que independente do cabelo que têm, podem deixá-lo impecável e sem sinal de danos como o da foto apenas usando os itens da marca.
      A ideia de colocar Bruna Marquezine como garota propaganda foi muito inteligente e uma ótima jogada de uma marca que há muito tempo não era tão comentada e procurada no Brasil.




Karina Gomes

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Peça Publicitária "O silêncio causa dano" - APAV

Esta é uma campanha de conscientização criada pela APAV – Apoio à Vítima, uma instituição portuguesa que tem como objetivo ajudar as vítimas dos mais variados tipos de violências.




A campanha publicitária ‘O silêncio causa dano’, tem um forte teor de conscientização contra a violência à mulher e a suposta omissão por parte de suas vítimas.  A ideia com a campanha é provocar um impacto forte no receptor já nas primeiras impressões, e para conseguir isso, através do Pathos da Retórica Aristotélica, há uma real sensibilização e comoção ao se deparar com a foto de uma mulher com o olho roxo e um dedo indicando silêncio.

A credibilidade da Instituição, estudada no campo do ethos, fica simbolizada na parte inferior da direita, onde pode-se encontrar o logo da APAN em cores brancas, que entra diretamente em contraste com o fundo negro da imagem, ressaltando ainda mais a ‘pureza’, por assim dizer, da Instituição.

Já o logos se apresenta na forma como o texto e a imagem se combinam para transmitir a mensagem com eficácia. O texto diz ‘O silêncio causa dano’, com um braço masculino – isso se torna visível por causa do grande número de pelos presentes – fazendo sinal de silêncio à frente do rosto de uma mulher, posta como vítima de violência doméstica. Um claro protesto contra a violência à mulher e o seu suposto ocultamento da esfera pública. Aqui, o argumento é muito bem construído, ainda mais se formos analisar o fundo preto, que traz todo um teor ainda mais pesado e sério para a campanha, visto que o tema abordado realmente pede esse grau de seriedade.

O mecanismo de persuasão mais latente nesta campanha, sem dúvida alguma, é o Argumento Emocional. É difícil não se incomodar, ou até mesmo comover, ainda mais quando pensamos criticamente no campo dos valores morais. Em menor grau, a Identificação também se faz presente, ainda mais se levarmos em consideração que esta campanha é destinada às mulheres que sofrem violência e não denunciam tais agressões.


É uma campanha comovente, forte e direta, conseguindo tocar facilmente o receptor.



Vinícius Neves

Análise de anúncio publicitário: Burger King

A análise a seguir refere-se à peça publicitária criada para para a rede de fast-food americana Burger King, com a intenção de promover o produto "Whopper duplo".



Assim como a grande maioria dos anúncios publicitários de produtos alimentícios, nota-se o uso do amarelo e do vermelho, cores que induzem a fome em quem as vê, como já foi provado por estudos.

Seguindo a retórica aristotélica, o logos se apresenta em uma comparação com a principal concorrência do Burger King, a rede McDonalds. A comparação se estabelece na frase "Quem nasceu só pra ser big nunca vai ser king", pelo nome do mais famoso produto da concorrência, o Big Mac. Assim, cria-se uma ideia de que a concorrência jamais será tão boa quanto o Burger King.

A credibilidade passada pela marca e seu produto, que é analisada pelo ethos, encontra na parte inferior direita, na assinatura, em que está escrita o slogan "A gente faz do seu jeito". Desta maneira, cria-se um vínculo de confiança entre o consumidor e a marca.

A emoção e as sensações, vistas no pathos, notam-se de duas formas. A imagem dos alimentos "saltando" para fora do anúncio, aliada às cores vermelho e amarelo, causam o desejo no consumidor. Mas o principal é o jogo de palavras na frase principal do anúncio, que tentam divertir e passar uma boa imagem para o consumidor.

Desta forma, vê-se no anúncio um estímulo aos sentidos, utilizando cores chamativas e imagens de alimentos. Também há a presença do maravilhoso, em que a comparação com o produto da concorrência busca colocar o produto do Burger King próximo à perfeição. Por fim, além de aproximar o produto do perfeito, o slogan da marca faz a aproximação entre as duas partes do anúncio.

Texto por Rafael Mendonça

Análise de peça publicitária - Seara

A peça publicitária a ser analisada corresponde à propaganda da linha de produtos alimentícios da marca Seara.



A partir do ponto de vista da Retórica Aristotélica, encontramos o Ethos, pois a marca Seara é famosa, e é reconhecida mundialmente por sua qualidade. Além, é claro, de a oradora ser Fátima Bernardes, uma jornalista com muita credibilidade, reafirmando, assim, a real qualidade dos produtos. 

O Logos, o argumento-lógico da peça, está presente no momento da escrita da propaganda: “Experimente os produtos Seara. A qualidade vai te surpreender”.

Em relação aos mecanismos de persuasão, encontram-se argumentos emocionais, na medida em que o anúncio mostra a frase bem construída, a garota-propaganda (Fátima Bernardes), e a imagem do produto já feito, despertando irracionalmente a fome no público. A cor avermelhada do anúncio prevalece, alinhando-se a do logotipo da marca, afirmando, assim, a disposição dos elementos verbais.

Há uma identificação com a marca, pois o público analisa o produto de acordo com Fátima Bernardes, que transmite uma imagem de uma mulher séria.

O estímulo dos sentidos é claramente observado na imagem da carne sobre o prato, estimulando, além da visão, a sensação de tato, olfato e paladar.

A associação entre os universos comercial e emocional, na medida em que se destacam os produtos da marca, e a imagem da jornalista como um fator de adesão do público.

Texto por Yann Barbosa

Peça Publicitária - "Porque se sujar faz bem" - OMO


         Em 1957, a marca Omo, de origem inglesa, foi lançada no Brasil pela Lever, nome adotado pela filial da Unilever no País até 1960. A campanha “Porque se sujar faz bem”, lançada em 2004, pela OMO MULTIAÇÃO, apresenta os critérios da retórica aristotélica, assim como mecanismos de persuasão para atingir o público alvo.
  Nas peças analisadas, a marca intenta um despertar emocional no público-alvo, o que torna perceptível o PATHOS. Feita com crianças, a campanha retrata a infância, suscitando sentimentos favoráveis, que facilitam a aceitação da tese presente no slogan. O argumento  sensibiliza o consumidor e quebra resistências, uma vez que o faz refletir sobre a importância de ser criança. 
    Por um tempo, as campanhas da marca eram voltadas para o quesito funcional do produto, mas o foco mudou e passou a sensibilizar o coração das consumidoras. Dando ênfase à importância do brincar, a OMO firmou uma preocupação com a educação, o que culminou no “Projeto Brincar”, entre outras iniciativas da marca, que demonstram responsabilidade social e dão maior credibilidade ao produto, eis o ethos.
      O Logos está nesse ideal “ousado” de permitir a sujeira. Encarado como reflexo de uma infância recheada de brincadeira e diversão, o argumento é forte, já que uma infância feliz tem, de fato, uma ligação com o brincar, com o descobrir. Um tombo, um banho de chuva, um sorvete que derreteu são memórias boas de uma infância cheia de experiências, das quais as crianças vão se lembrar.
     As cores, a colocação das frases no canto da imagem, dando ênfase à fotografia, são recursos estilísticos que tornam perceptível a forte presença do argumento emocional. A frase “OMO MULTIAÇÃO TANQUINHO. O ÚNICO DETERGENTE EM PÓ QUE VAI ALÉM PARA O SEU FILHO TAMBÉM IR” que, além do slogan está na peça, gera uma identificação, pois aproxima o público ao afirmar que a marca quer, assim como os pais, que seu filho (a) ultrapasse barreiras e tenha um futuro promissor. Quem hoje é mãe ou pai, com certeza, vai pensar a infância que teve e, consequentemente, sobre a infância que quer que seu filho(a) tenha, pois sabe que isso refletirá na vida adulta dele(a).
        A sujeira da roupa toma a forma de uma medalha no peito da criança, isso é um estímulo aos sentidos (nesse caso a visão). Uma vez que ativa a percepção do público, a imagem traz um conteúdo implícito que remete novamente ao slogan, e ajuda a enfatizar outra frase presente no anúncio: “Toda criança tem direito de enfrentar todo e qualquer obstáculo”.
    Com peças publicitárias leves, a campanha, de forma bem sucedida, associa cuidado e incentivo e  faz mães e pais refletirem sobre a educação dos filhos e, também, estarem atentos a esse momento tão bonito e importante que é a infância.



por Nicole Quintão Gonçalves



Análise de peça publicitária - Gol Linhas Aéreas

Análise referente ao anúncio publicitário produzido pela agência AlmapBBDO para a Gol Linhas Aéreas.




Tendo como base a retórica Aristotélica, o Pathos está presente na peça publicitária através da imagem de um pássaro preso dentro do ônibus, juntamente com a frase: “Por que viajar de outro jeito se você pode voar?”. A presença da natureza juntamente com o céu serve para reforçar a ideia de liberdade proporcionada pelo voo para sensibilizar o público.

No canto inferior direito está o logotipo da marca juntamente com o slogan: “Gol. Aqui todo mundo pode voar. Por que viajar de ônibus ou de carro se você pode voar nos aviões mais modernos, pagando as melhores tarifas? Faça como mais de 30 milhões de passageiros nos últimos 4 anos. Viaje pela Gol.” O Ethos está presente na ideia de “aviões mais modernos”, “melhores tarifas”e também no fato de que mais de 30 milhões de passageiros optaram por viajar com a Gol nos últimos 4 anos (o anúncio é do ano de 2005), que dá credibilidade e atrai o público.

O pássaro sob o banco, olhando pela janela para a paisagem em desfoque também produz identificação com o receptor, como o passageiro que olha da janela do avião e também vê as imagens em desfoque por conta da velocidade do avião.

A peça publicitária conseguiu unir de forma muito eficiente a imagem e o texto publicitário, defendendo a ideia de que viajar pelos aviões da Gol é a melhor opção para os passageiros.


Texto por Matheus Soares

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Análise publicitária: Onde tem cultura brasileira, tem as mãos da Caixa

O banco Caixa Econômica Federal divulgou em 2013 uma série de propagandas relacionadas a elementos da cultura: balé, teatro, pintura e música. O enfoque principal era relacionar a marca com os eventos culturais, e principalmente, divulgar os investimentos feitos na área.
            A análise será feita a partir da publicidade que enfoca o teatro.



Para compreender os argumentos utilizados pela marca na propaganda, é preciso, primeiramente, analisar pela ótica da retórica aristotélica. O termo retórica significa arte da palavra, na publicidade, utiliza-se a oratória para persuadir, em outras palavras, o orador recorre a argumentação. Aliado a esse conceito, Aristóteles explica três aspectos fundamentais: Pathos, Ethos e Logos.
            Pathos é explicado na intenção de despertar sentimentos no receptor. Isso é percebido na publicidade no final do texto, “prepare-se para interagir, admirar, se emocionar. E aplaudir”. A frase incita o leitor a se emocionar e relacionar-se com o teatro, despertando uma aproximação do receptor com o tema.
O intuito de transmitir a sensação de credibilidade do orador através da argumentação é chamado de Ethos. Na propaganda, ao afirmarem que a Caixa é o banco brasileiro que mais investiu em cultura, há a nítida intenção de provocar no receptor confiança na marca. Para afirmar essa contestação, eles utilizam números, tornando a argumentação lógica e diminuindo possibilidades de questionamentos. Arisóteles define esse meio de persuasão como Logos.
            É perceptível a intenção de usar argumentos emocionais para gerar um impacto no receptor. A imagem gera uma empatia do público, por remeter uma lembrança ao mesmo, há uma identificação pela familiaridade do tema. Além disso, a frase final já citada, estimula o público a relacionar-se com o teatro, mas principalmente participar com emoções.
            O slogan da campanha, “Onde tem cultura brasileira, tem as mãos da Caixa” explica o conceito da imagem. Duas mãos segurando o artista simbolizam essa interação da marca com a cultura. A imagem é atrativa e desperta o interesse do público, por tratar-se de uma situação incomum, o homem agindo como um boneco. Pode-se interpretar de duas maneiras essa ideia: o homem sendo apoiado pela mão, ou seja, pela Caixa; o outro sentido seria negativo, a mão manipulando o artista. A concepção da imagem demonstra-se ambígua.
            A propaganda é de todo assertiva, por relacionar-se com um tema de interesse comum, a cultura, especificamente nesse caso, o teatro. A marca se destaca por sua linha de argumentação, ao diferenciar-se das propagandas comuns de bancos, relacionadas a prestação de serviço. Apresenta ao público uma nova ótica da empresa, o de investimentos em interesses nacionais, como a cultura, isso complementa o slogan fixo da marca, “A vida pede mais que um banco”, ou seja, distingue-se das outras empresas por ser oferecer outros complementos.


Laura Kronbauer

Análise de peça publicitária: Os mamíferos cresceram

A publicidade “Os mamíferos cresceram” faz uma intertextualidade explícita com a campanha “Os mamíferos”, realizada 11 anos antes pelo mesmo anunciante.  





          A ideia da Parmalat era mostrar que o seu leite era uma prova de caráter afetivo , despertando impressões subjetivas como argumento de persuasão . Através do Pathos da Retórica Aristotélica, visa sensibilizar, provocar identificação e familiaridade, quebrando resistências e estabelecendo condições para a criação de um novo padrão de desejos e necessidades. O maior instrumento de adesão em ambas as peças é a retórica das emoções, que desenvolve uma mensagem com valores afetivos e conotativos, propiciando maior envolvimento entre receptor e público.  Para isso, os textos verbais e não-verbais têm um papel importantíssimo : as crianças fantasiadas despertam sentimentos de ternura, enquanto os adolescentes com suas fantasias pequenas geram certo humor; a caixa de leite presente nas duas publicidades anunciadas representa a marca; o texto verbal corrobora as ideias passadas pelas imagens. A marca já possuía bastante credibilidade, simbolizando o Ethos.




Veiculada em 1996, a primeira propaganda , elaborada pela DM9 com o slogan  “Porque nós somos mamíferos”  mostrava crianças vestidas de mamíferos segurando uma caixa de leite Parmalat.  Trabalhando com a polissemia de palavras como “filhote” e “gatinha”, gera uma aproximação com o público alvo, que consiste, principalmente, em mães e pais. O objetivo era passar a imagem de que o leite dessa marca seria a opção ideal para o desenvolvimento das crianças. Nesse mesmo ano, foi lançada uma promoção em que você, comprando produtos Parmalat, poderia adquirir mamíferos de pelúcia, como os bichos que as crianças representavam, fazendo com que elas também quisessem aderir à marca.  Através da publicidade e da promoção houve uma fidelização de clientes, fazendo o leite saltar de 14% para 94% de reconhecimento.



De tão bem sucedida, a obra foi reeditada em 2007, trazendo aquelas mesmas crianças da propaganda anterior. Entretanto, as crianças cresceram, pois mais de uma década havia se passado. A idéia é dar continuidade à estratégia de criar vínculos com as relações humanas, tendendo sempre para o lado emocional. Na campanha de 1996, o foco era mostrar a importância do leite na vida dos “filhotes”. A mais recente mostra a relevância do mesmo na vida de pessoas de diversas idades, mostrando um produto que cresceu junto com as crianças. Há um envolvimento imediato, já que houve memorização da mensagem passada na primeira publicidade.  Por ter sido criada uma narrativa muito forte ao fazer essa ligação, a propaganda foi de fácil penetração.  Ambas as publicidades geram um recall, ou  seja, lembranças da marca.


Texto por Laura Sanábio

Análise de peça publicitária - Rolex

A análise a seguir refere-se a propaganda de um dos relógios de pulso fabricados pela empresa suíça Rolex SA.








Rolex é uma empresa suíça que fábrica relógios de pulso e acessórios. Trata-se de uma marca de luxo que tem como maior parte de público alvo os homens de todas as idades.

Analisando a propaganda a partir da retórica aristotélica, podemos enquadrar a dialética do Pathos na frase principal da peça publicitária, onde o anunciante passa a ideia de que um pulso imperceptível é sinal de um indivíduo morto, mexendo assim com o sentimento do público, que não quer se sentir falecido. Por sua vez, a proposta do Ethos, fica por conta da credibilidade da marca, que é sucesso no mundo inteiro e seus produtos destacam-se pela elegância,confiabilidade e status. A noção do Logus, fica a cargo da argumentação implícita na peça, onde o anunciante deixa a ideia de que quem não usa os produtos da marca passa despercebido pela sociedade e está tecnicamente excluído de seu âmbito social.

Considerando os processos de persuasão,a peça faz uso de alguns deles. O argumento emocional tem valor subjetivo se tratando da dimensão sociocultural e a dimensão individual, pois o produto é certeza de status no meio social e satisfação individual do consumidor. O anúncio usa do jogo de palavras ao fazer uma brilhante analogia dentre o fato do pulso ser uma parte do corpo humano em que se é perceptível sinais vitais e ser também a parte onde o produto é utilizado, construindo no relógio uma ideia de mecanismo para se manter vivo e em destaque na sociedade. A marca faz com sua que sua propaganda estimule sentidos, principalmente o tato, quando se toca o pulso para ter noção dos batimentos tanto quanto ao tocar no relógio, e também estimula a visão, que será atraída pelo design do produto que sempre chama a atenção. O cenário abordado na propaganda é simples, tem de fundo uma cor neutra para que a frase principal ganhe destaque, conta apenas com a imagem de fundo de uma coroa, que é o símbolo da marca.  A presença do maravilhoso fica por conta do status que o relógio traz ao consumidor, por ser um artigo de luxo, usado por muitas celebridades e pessoas de influência social, o que abastece no cliente o desejo de comprar o produto procurando adquirir tal status.

Além da condição visual e bem estar individual que a marca traz ao consumidor, o caráter simples da peça publicitária, com uma imagem apenas reforçando o logotipo do produto ao fundo da peça e uma frase de efeito emocional impactante, Rolex consegue chamar a atenção de seu público alvo, alcançando seu objetivo com esta campanha publicitária.


Texto por Davi Carlos.

Análise de anúncio publicitário: Harley-Davidson

A marca americana Harley-Davidson exige um conhecimento prévio do consumidor sobre a marca e também sobre o artista do cinema mudo Charles Chaplin. A campanha traz em seus textos comparações entre Chaplin e a Harley-Davidson, empregando a frase: "A semelhança é gritante. Mesmo se esse anúncio estivesse nas telas do cinema mudo.".


Apresenta Pathos em sua publicidade, envolvendo duas paixões diferentes, tanto quanto a paixão por moto como a paixão por cinema, sem contar com nenhuma descrição aprofundada sobre seus produtos. O Logos se encontra  no texto escrito no anúncio ("Com uma história de conquistas e muita ousadia, eles chegaram há mais de cem anos para conquistar o mundo. Com seu jeito único de ser, Chaplin fez o que fez nas telas, emocionando a todos com sua criatividade, talento e seu profundo espírito de liberdade. Liberdade que só uma Harley-Davidson pode oferecer sobre duas rodas. Mais que uma moto, um mito que, por onde passa, deixa seus espectadores sem palavras.") e o Ethos está relacionado com o histórico dos produtos de qualidade reconhecida da Harley.

Com uma aparência objetiva, o anúncio atrai atenção para a motocicleta que se encontra no centro da imagem. O texto se encontra a esquerda e a logo da marca no canto superior direito, em destaque, atingindo seu público alvo. 


Texto por Marina Metri

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Análise de anúncio publicitário: Ouro Minas Palace Hotel

A análise a seguir refere-se à peça publicitária criada pela agência Lápis Raro para o Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte. A peça foi veiculada na revista Veja duas semanas após o show do cantor Paul McCartney na cidade mineira, em maio de 2013, em um anúncio de página dupla, para marcar a passagem do ex-Beatle pelo hotel.

Créditos da imagem: Portfólio Lápis Raro

Todo conteúdo visual da propaganda é baseado na intertextualidade entre a peça produzida e uma das capas mais famosas de todos os tempos: a do disco Abbey Road, dos Beatles. Em momento algum o nome de Paul McCartney é citado, entretanto, a recente apresentação do cantor em Belo Horizonte e a associação com o disco permitiram que o interlocutor soubesse, imediatamente, sobre quem o anúncio estava falando. A referência a um item conhecido de grande parte do público consumidor da revista gera empatia e identificação, e abre caminho para que o leitor entenda, com facilidade, a mensagem que se pretende transmitir. Além da assinatura da empresa, no canto inferior direito da imagem, a caracterização dos personagens do anúncio também permite que se perceba que o estabelecimento em questão é um hotel de luxo.
A composição do discurso é simples, mas também de fundamental importância para que se compreenda o assunto da propaganda. O uso da palavra “sir”, título concedido a Paul, lembra ao leitor, mais uma vez, quem esteve hospedado no hotel e a importância deste hóspede. Para finalizar, o slogan escolhido para a campanha (“O hotel de todas as estrelas”) permite ao interlocutor inferir, através do jogo de palavras, que: este é um estabelecimento frequentado por artistas e pessoas de renome e é, também, um hotel cinco estrelas de Belo Horizonte (o único na cidade).

No caso da campanha analisada, o conteúdo visual forma o pathos da publicidade, envolvendo o público através do estabelecimento de conexões pessoais. Já a composição do discurso reforça o ethos da empresa: somente um hotel de luxo e que oferece serviços de qualidade poderia hospedar sir Paul McCartney durante sua passagem em Belo Horizonte. O conjunto da obra faz com que, inconscientemente, o leitor associe o Ouro Minas Palace Hotel a uma boa opção para uma hospedagem com conforto.

Texto por Juliana Dias

Análise anúncio publicitário - Omint Serviços de Saúde Ltda.

         Para a campanha de aniversário da Omint Serviços de Saúde Ltda., a Lew'Lara\TBWA criou um anúncio impresso interativo. A peça, que é uma bolsa térmica, tem como título: "Use esse anúncio quando exagerar no exercício", foi veiculada na revista Runner's, voltada aos praticantes de corrida. A bolsa térmica de gel foi produzida em um laboratório especializado e autorizada pela ANS, pode ser usada como compressa quente ou gelada. 

Clique na imagem para ampliar
               
        O anúncio é simples, mas muito inteligente e criativo. Pensando na Retórica Aristotélica, o anúncio em si, reforça a credibilidade da marca, mostrando que ela sempre se preocupa com a sua saúde e bem-estar, isso corresponde ao Ethos, também visto no slogan da empresa "Nosso maior prestígio é cuidar de você". Como se trata de uma marca que presta serviços de saúde, ela se preocupa em cuidar dos seus clientes em todos os momentos, esse seria o Logos, do ponto de vista lógico-argumentativo, a ideia do anúncio ("Use este anúncio quando exagerar no exercício") já demonstra a intenção da empresa.

          O Pathos, pode ser visto com o texto "Tudo o que fazemos é para cuidar melhor de você", que incita um sentimento positivo, em relação aos serviços prestados pela marca. Assim como pode ser visto no anúncio como um todo, o texto "A Omint vem dedicando os últimos 30 anos a cuidar de você. E esse cuidado está em tudo o que fazemos. Seja nos serviços, no atendimento, ou mesmo neste anúncio que você está lendo agora. Conheça. Ligue. Acesse. Compare.", também incitam o sentimento positivo e reforça a credibilidade.

          Analisando a peça publicitária quanto aos mecanismos de persuasão, percebe-se:  o argumento emocional quando a Omint mostra que tudo que faz é para cuidar melhor de seus clientes, tanto que cria um anúncio que serve como bolsa térmica, isso possibilita a interação e propicia um maior envolvimento com o público; a identificação, já que o anúncio foi veiculado em uma revista voltada para praticantes de corrida, que com mais frequência precisam de bolsas térmicas devido a pequenas lesões musculares, o anúncio é reconhecido pelo público e se aproxima de sua realidade; e o estímulo aos sentidos que é o chamariz do anúncio, pois ele acaba sendo algo que o público realmente poderá usar para aliviar sua dor.

Texto por Júlia Sales

Análise de peça publicitária - Lego


Imagem produzida pela agência alemã Jung von Matt para a marca Lego, em 2012. A campanha “Imagine” traz uma série de cartazes com referências de desenhos conhecidos popularmente.        

           A peça publicitária é composta por uma imagem formada por blocos de Lego, a palavra "imagine" no canto superior direito e a logomarca da empresa no canto superior esquerdo. Por tratar-se de uma marca mundialmente conhecida e líder no mercado de quebra-cabeças 3D, há presença de "ethos" na publicidade (de acordo com a Teoria Aristotélica, o orador é simbolizado pelo ethos quando a sua credibilidade assenta na sua honorabilidade, na sua virtude, em suma, no seu caráter e na confiança que nele se deposita), porém, a característica mais marcante se dá através do "logos" do trabalho (tipo de argumentação centrado na tese e nos argumentos, devendo apresentar-se bem estruturado do ponto de vista lógico-argumentativo), construído de forma inteligente através do diálogo entre as peças de Lego e o seriado em animação americano "Os Simpsons".


Personagens principais da animação "Os Simpsons"

            A publicidade expõe uma construção de Legos, que aparenta ser formada apenas por blocos de cores dispostos em ordem aleatória, mas que, na verdade, representa os personagens principais do desenho. Ao escrever "imagine" os publicitários evidenciam a ideia de que é a imaginação do observador que transforma a imagem em significado (e é a imaginação do consumidor da marca que transforma símbolos em construções de Lego).
            Quanto a mecanismos de persuasão, a publicidade utiliza a estratégia da identificação, aproximando o texto da realidade do observador, uma vez que o desenho Os Simpsons é um elemento familiar para o público; as impressões subjetivas, afinal, a imagem é formada por peças comuns de Lego e é o leitor quem a interpreta como os personagens do desenho; a ideia de conteúdos implícitos, pois conta com o repertório cultural do leitor e não retrata abertamente o seriado americano, apenas deixa subentendido; e a intertextualidade, que já foi discutida acima, devido ao diálogo da peça com a aparência estética do desenho.
            Com relação à composição, observamos que a publicidade contém apenas uma palavra (com exceção da palavra "Lego" na logomarca), "imagine", sintetizando a ideia de que a imaginação do leitor permite tanto a compreensão da mensagem quanto a utilização do produto.
            Outras características da peça publicitária que podem ser observadas são o estímulo ao sentido da visão, uma vez que a imagem atrai e prende a atenção do observador, e o envolvimento que ela proporciona ao leitor, visto que a interpretação pessoal constitui a parte mais importante da mensagem.

            Sendo assim, a propaganda disseminada pela companhia Lego procura vender seu produto e divulgar sua marca através de uma brincadeira com a cultura popular, apelando para o humor, e da possibilidade que oferece ao leitor de se identificar com a peça e com a empresa.


Texto por Julia Caneschi