A análise a seguir, refere-se a crítica escrita por Bruna
Amaral, em 11 de Fevereiro de 2014, para o site Omelete (clique aqui para ler a crítica na íntegra). A crítica fala sobre o filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho,
exibido no primeiro semestre de 2014. O filme foi vencedor do prêmio Fipresci e foi
o escolhido pelo Ministério da Cultura entre 18 longas brasileiros, para
representar o Brasil na competição de Oscar de melhor filme estrangeiro da
edição de 2015.
Para conferir a sinopse, clique aqui.
Para conferir a sinopse, clique aqui.
Já na primeira frase da crítica, a autora deixa claro que
a melhor forma de descrever o filme, seria dizer que trata de amor. Logo, há um
enquadramento do real no que diz
respeito a um apelo pelos pressupostos
comuns, pois, ela apresenta um valor universal (sentimento, amor)
condicionado ao comportamento: a relação entre os dois protagonistas. E é sobre
esse aspecto que é conduzido todo o texto, sempre remetendo a opinião proposta
pela autora que é o amor.
A autora usa-se da afirmação
pela autoridade, ao citar os prêmios ganhos em festivais e visualizações do
filme na internet. Uma clara invocação de uma autoridade externa para dar uma
maior credibilidade a crítica e também a qualidade do filme ressaltada pela
própria autora.
O filme é derivado de um curta do mesmo diretor, lançado
em 2010 e intitulado “Eu Não Quero Voltar Sozinho”. Portanto, a crítica se
desenvolve com argumentos de elementos
preexistentes, pois, foi o curta que deu origem ao filme e a autora faz
comparações entre o filme e o curta ao longo do texto.
Há a afirmação de que o filme consegue explorar de forma sensível
a sexualidade e dificuldades do Léo. São afirmações pautadas em argumentos causais, pois, isso só pode
acontecer devido ao fato do filme possuir mais tempo e recursos em relação ao
curta de 2010. Sendo assim, os fatores tempo
+ recursos são dois elementos citados que consequentemente são as causas responsáveis
por essa abordagem sensível que o filme consegue realizar com maestria e o
curta não o faz, pois, o curta não possuía os fatores tempo + recursos que o filme obtém.
Além de, nesse mesmo parágrafo, a autora faz comparação do desempenho do filme em
relação ao curta-metragem.
Cena do filme "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho". |
O texto segue apresentando o enredo do filme e recontando
a história cronologicamente. “O longa mostra Leo e sua amiga inseparável
Giovana (Tess Amorim) vendo suas vidas mudar após a chegada de Gabriel (Fabio
Audi) à escola”. São elementos da apresentação
do real, porque dizer que a vida de Léo e Giovanna mudou após a chegada de
Gabriel, pode ser encarado como um fato, suscetível de observável. Além desses,
a autora cita uma série de outros acontecimentos que podem ser observados ao longo
do filme.
A autora faz um reenquadramento
do real, quando expõe um quadro de referência para apreciarmos o real. A
referência usada é a adolescência. Nesse período os meninos e meninas tendem a
viver as coisas mais intensamente. Porém, no caso do protagonista Léo, um
adolescente e cego, o mundo e os acontecimentos serão mais intensos e agudos. A
experiência de um adolescente sem nenhuma deficiência, com certeza, diverge das
experiências de um garoto cego.
Por fim, o filme volta a proposta inicial que é fazer com
que o leitor enxergue o filme e as relações nele exploradas como genuínas formas de
amor. A autora utiliza de uma dissociação
do senso comum. O tipo padrão de
relação afetiva defendida no senso comum da sociedade é a relação heterossexual
(homem + mulher). Portanto, há uma ruptura dessa visão heteronormativa quando a
crítica defende o tipo de relação abordada pelo filme: uma relação entre dois garotos.
Duas pessoas do mesmo sexo. Sendo que um deles possui uma deficiência visual.
Há argumentos de
reciprocidade na fala da autora já que ela deixa claro que assim como qualquer
outro tipo de relação amorosa existente no mundo, o amor entre os dois
protagonistas deve ser tratado e respeitado da mesma forma.
A crítica pode ser considera positiva, pois, a autora elogia, reforça e justifica a qualidade do filme durante todo o texto. No sistema de "ovos" (votos) dados pelo site, o filme alcançou 4 ovos (conceito "ótimo"), reforçando assim o teor positivo.
Texto por Caio Gonzaga
A crítica pode ser considera positiva, pois, a autora elogia, reforça e justifica a qualidade do filme durante todo o texto. No sistema de "ovos" (votos) dados pelo site, o filme alcançou 4 ovos (conceito "ótimo"), reforçando assim o teor positivo.
Texto por Caio Gonzaga
Correções:
ResponderExcluirrefere-se a crítica escrita
refere-se à crítica escrita
e foi o escolhido pelo Ministério da Cultura entre 18 longas brasileiros, para
e foi o escolhido pelo Ministério da Cultura, entre 18 longas brasileiros, para
o filme, seria dizer que trata de amor. Logo, há um enquadramento do real no que diz respeito a um apelo pelos pressupostos
o filme seria dizer que trata de amor. Logo, há um enquadramento do real no que diz respeito a um apelo aos pressupostos
remetendo a opinião proposta pela autora que é o amor.
remetendo à opinião proposta pela autora que é o amor.
A autora usa-se da afirmação pela autoridade, ao citar
A autora usa a afirmação pela autoridade, ao citar
dar uma maior credibilidade a crítica e também a qualidade
dar maior credibilidade à crítica e também à qualidade
pois, foi o curta
pois foi o curta
a autora faz comparação
a autora fazer uma comparação
pois, isso
pois isso
pois, o curta
pois o curta
suscetível de observável.
suscetível de ser observado.
real, quando expõe
real quando expõe
Nesse período os meninos
Nesse período, os meninos
volta a proposta inicial
volta à proposta inicial
utiliza de uma dissociação do senso comum. O tipo padrão de relação afetiva defendida no senso comum da sociedade é a relação heterossexual (homem + mulher).
utiliza-se de uma dissociação do senso comum. O tipo padrão de relação afetiva defendida pelo senso comum na sociedade é a relação heterossexual (homem + mulher).
pois, a autora elogia,
pois a autora elogia,
Não use vírgula depois de pois.