A análise a seguir refere-se à crítica feita por Érico Borgo para o site Omelete sobre o filme X-Men Dias de um Futuro Esquecido, publicada no dia 18 de maio de 2014.
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A crítica começa com um subtítulo que diz "Nem tudo pode ser salvo por viagens no tempo". Nesse momento o jornalista já mostra que direção a crítica vai tomar. O leitor especializado, que conhece o enredo do filme já se situa rapidamente, visto que a obra analisada envolve viagens no tempo, fica claro então para ele que essas viagens não são o bastante para consertar os problemas que o filme apresenta enquanto o leitor comum, sem conhecimento da história pode estranhar esse subtítulo.
Esse problema é logo sanado pois o crítico apresenta um extenso plano de fundo sobre a obra. Ele apresenta referências aos filmes que antecedem o atual, o porque das viagens no tempo serem necessárias e o motivo desse ser tão esperado pelos fãs da saga. Tudo isso é escrito de uma forma que qualquer leitor pode entender. Porém existe uma aproximação muito maior com o que é considerado o público-alvo do site, que muitas vezes é fã de quadrinhos e ficção. Portanto o escritor sente-se à vontade para usar expressões como "A resposta é clara para qualquer nerd: viagem no tempo!" e "como tornar a salada super-heroica de X-Men coerente outra vez?".
Chegamos então à apreciação do crítico. Érico Borgo é uma autoridade no assunto, pois além de crítico o autor sempre se mostrou um fã de X-Men, Então está apto a analisar profundamente o filme. Sua análise começa comparando as cenas que acontecem no passado com os filmes de assalto da mesma época. A associação com o filme X-Men 2 de mesmo diretor é positiva, de acordo com o crítico, o diretor foi capaz de manter suas melhores características, extraindo boas cenas do elenco e uma ação que prende o público. A curiosidade para se ver o filme é criada quando o autor coloca frases como "Já o velocista Mercúrio (Evan Peters) surpreendentemente rouba a cena em uma das sequências mais inspiradas do longa", mostrando que não era esperado que esse personagem fosse ser tão explorado e deixando o leitor disposto a ir ao cinema para descobrir do que se trata a cena.
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Então a crítica assume um papel mais negativo, deixando claro que a Fox (empresa responsável pela saga) repete os mesmos erros do passado e faz uma apresentação do real ao dizer que o filme X-Men Primeira classe foi brilhante porém seu sucessor não foi capaz de alcançar uma história tão boa e na verdade parece mais uma desculpa para consertar erros do passado, o que o subtítulo da matéria deixa claro que não foi possível. O autor se mostra receoso com o futuro dessa franquia no cinema, visto que mais uma vez a produtora acabou se perdendo ao contar essa história.
A análise é mais voltada para os aspectos narrativos do que técnicos, e embora comece positiva, elogiando a ambientação e ação do filme, ela é encerrada com negatividade. A parte negativa da crítica é muito mais voltada para um desapontamento pessoal do jornalista como fã da obra analisada que esperava ver um produto mais sólido por parte da produtora, porém o crítico acredita que os leitores aficionados da obra vão se identificar com esse pensamento. No final temos a frase do subtítulo reproduzida quase igualmente: "Certas coisas nem viagem no tempo corrige, aparentemente" deixando claro uma crítica negativa.
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