Análise de Crítica Cultural - 500 Dias com Ela

                               

A análise abaixo se refere à crítica feita por Francisco Russo, no site Adoro Cinema, no dia 11 de junho de 2012. A crítica diz respeito ao filme “500 Dias com Ela”, lançado no ano de 2009. Para ler a crítica na íntegra, clique aqui. 

Antes do início da crítica há uma avaliação do filme feita pelo autor através de uma nota que vai de 0 a 5 estrelas. O autor atribuiu 4 estrelas ao filme.

O filme em questão pertence ao gênero comédia romântica. O autor inicia sua crítica utilizando um pressuposto comum, que é o fato de esse gênero de filme ser muitas vezes associado ao público feminino. 

O reenquadramento do real é muito enfocado na dinâmica argumentativa durante todo o texto.  Através da apresentação do real, o autor afirma que não são apenas as mulheres que possuem um lado romântico, sendo essa uma visão machista presente na sociedade e analisa o novo enfoque presente no filme: "O olhar romântico agora muda de enfoque, passando do feminino para o masculino. E o que se pode perceber é que ele não é tão diferente assim".

O autor se utiliza também da comparação ao analisar a inversão que é feita no filme em questão com relação a outros filmes do mesmo gênero: “500 Dias com Ela já ganha pontos por inverter a clássica situação da comédia romântica. Aqui quem se apaixona é ele, ou melhor, Tom Hansen. Ela, Summer Finn, também está interessada, mas não quer algo sério”.

A ressonância está presente na dinâmica argumentativa do texto quando o autor chama a atenção do leitor para situações presentes no filme que também são vividas por muitas pessoas, como as fases de um relacionamento amoroso, desde o “primeiro olhar até as dificuldades em se declarar”.

O autor utiliza a associação analisando o filme em questão em relação ao filme “Antes do Amanhecer”, no que diz respeito ao processo do surgimento do amor. A dissociação também está presente na crítica, pois o autor trata sobre o ponto de vista de cada um dos personagens principais em relação ao amor de forma separada do enredo principal do filme, fazendo ele também uma reflexão a respeito do tema.

A dissociação é utilizada mais uma vez no momento em que o autor faz uma análise positiva dos protagonistas, bem como da edição, que montou o filme como um “quebra-cabeça” que o espectador vai montando ao longo da trama.

A crítica possui caráter positivo, tendo o autor o objetivo de analisar os vários aspectos da obra, e não depreciá-la. O autor utiliza argumentos diferenciados na análise do filme, não ficando preso ao lugar-comum, o que confere bastante credibilidade à crítica segundo Eduardo Cintra Torres no texto “Ler Televisão”.

Texto por Matheus Pereira Soares