A crítica se inicia com um resumo dos primeiros minutos de Tropa de Elite 2 e uma associação entre o Capitão Nascimento do primeiro filme da trama, que comanda as operações do BOP e enfrenta os traficantes nas favelas, e o Tenente Coronel Nascimento, 15 anos depois, que comanda as investigações da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
O autor promove um reenquadramento do real ao citar novamente o primeiro filme dessa sequência cinematográfica e o seu sucesso, destacando em seguida, por meio da seguinte
,a ousadia do diretor José Padilha e seu roteirista Bráulio Montovani: “continuam atirando primeiro e perguntando depois.”.
Forlani descreve o papel do personagem principal, assim como o novo foco do filme. No primeiro, o narrador capitão Nascimento estabelecia um confronto direto com o tráfico de drogas. Já, no segundo, como subsecretário de segurança do Rio de Janeiro, o agora protagonista cuida da parte interna das operações. E como o próprio subtítulo já diz, “o inimigo é outro”: as milícias, que ganham dinheiro da população das favelas, em troco de uma promessa de proteção, e ainda cumprem o papel de cabo eleitoral de seus aliados.
A comparação com o primeiro filme é recorrente na crítica, que afirma que o Tropa de Elite 2 é, assim como o anterior, violento e polêmico. A metáfora é usada novamente – dessa para se referir ao efeito que as características dessa trama brasileira causam aos espectadores. O autor afirma que “o filme continua pingando limão na ferida”.
O ator Wagner Moura é elogiado pelo autor, por mostrar ainda mais o lado humano e sensível do policial que é rígido e autoritário no trabalho. Porém, a crítica dá importância também à participação dos outros personagens, que adicionaram dramaticidade à trama e conduziram muito bem o lado cômico da mesma, com frases como "Cada cachorro que lamba a sua caceta", "Quer me foder, me beija" e "Tá de pombagirice?!". Mas, Marcelo Forlani usa também o argumento causal de que a comédia só funciona de uma boa forma no filme por conta dos momentos de ação e tensão muito bem elaborados.
A comparação é um recurso usado mais uma vez durante a crítica para elogiar o realismo presente na trama, diferente do que é mostrado em alguns filmes holywoodianos do gênero. O crítico diz que tal qual o BOPE, Padilha não poupa seus personagens e quem tiver que morrer para dar realismo à trama, não vai durar na tela.
Marcelo Forlani finaliza prevendo que mais críticas sobre Tropa de Elite 2 irão surgir, já que esse é um filme que diverte o público e ainda o faz pensar sobre a atual situação política brasileira, o que me permite concluir que essa foi uma crítica positiva.
Escrito por Karina Gomes de Almeida