A peça publicitária analisada foi
veiculada na revista Nova em 1991e refere-se às “Sopas Internacionais Maggi” da
empresa de produtos alimentícios fundada pelo suíço Julius Maggi.
Partindo da Retórica Aristotélica, observamos a presença do Ethos (confiabilidade da marca) no
simples fato de se tratar de um produto da tradicionalíssima Maggi, empresa com
142 anos de existência e que possui o primeiro produto de marca genuíno do
mundo, no caso o tempero; o Logos
(argumentação centrada na tese e nos argumentos) se encontra na frase “Sopas
Internacionais Maggi: A classe e a tradição das melhores receitas da Itália,
França, Suíça e China.”, mostrando de que a sopa em questão tem a mesma
qualidade e sabor das tais receitas inspiradoras; o Pathos (obtenção da persuasão através do apelo aos sentimentos e
emoções do consumidor) fica por conta da presença dos pontos turísticos (Torre
de Pisa, Torre Eiffel, Alpes suíços e os templos chineses) dos quatro países ilustrados, ao lado
das suas respectivas sopas, fazendo com que o observador associe a
compra/ingestão do produto à sensação de viajar para qualquer um desses
lugares.
Por se tratar de uma propaganda alimentícia, o anunciante investe pesado no aspecto visual. A utilização principalmente de cores vibrantes, como o vermelho e o amarelo, tem como objetivo ativar o campo da percepção, despertando o paladar do consumidor. A presença de alimentos e temperos das culinárias italiana, francesa, suíça e chinesa segue o mesmo princípio.
No entanto, a grande sacada da peça publicitária está relacionada à
frase mais destacada: “Quem tem boca vai a Roma, Paris, Suíça e China.”. Essa
sentença apresenta intertextualidade
com o conhecidíssimo ditado popular “Quem tem boca vai a Roma.”. A associação
entre as duas frases gera recall, fazendo com que o público se lembre do produto sempre que ouvir o
provérbio.
O interessante de se analisar essa peça publicitária é percebermos que,
mesmo se tratando de uma propaganda veiculada a 23 anos, vários aspectos
presentes continuam sendo utilizados na publicidade atual.
Texto por Franco Ribeiro
Intertextualidade
ResponderExcluirMuito bom texto, Franco.
ResponderExcluirÚnica correção: veiculada há 23 anos,
Veja também que os espaços das primeiras linhas dos parágrafos estão todos desiguais, isto não pode acontecer num blog.