sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Análise de crítica Cultural : Tropa de Elite 2

A análise a seguir se refere à crítica  escrita por Marcelo Forlani sobre o filme Tropa de Elite 2, lançado em 2010 e dirigido por José Padilha, para o site Omelete.



 A crítica se inicia com um resumo dos primeiros minutos de Tropa de Elite 2 e uma associação entre o Capitão Nascimento do primeiro filme da trama, que comanda as operações do BOP e enfrenta os traficantes nas favelas, e o Tenente Coronel Nascimento, 15 anos depois, que comanda as investigações da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.

 O autor promove um reenquadramento do real ao citar novamente o primeiro filme dessa sequência cinematográfica e o seu sucesso, destacando em seguida, por meio da seguinte
,a ousadia do diretor José Padilha e seu roteirista Bráulio Montovani: “continuam atirando primeiro e perguntando depois.”.

 Forlani descreve o papel do personagem principal, assim como o novo foco do filme. No primeiro, o narrador capitão Nascimento estabelecia um confronto direto com o tráfico de drogas. Já, no segundo, como subsecretário de segurança do Rio de Janeiro, o agora protagonista cuida da parte interna das operações. E como o próprio subtítulo já diz, “o inimigo é outro”: as milícias, que ganham dinheiro da população das favelas, em troco de uma promessa de proteção, e ainda cumprem o papel de cabo eleitoral de seus aliados.

A comparação com o primeiro filme é recorrente na crítica, que afirma que o Tropa de Elite 2 é, assim como o anterior, violento e polêmico. A metáfora é usada novamente – dessa para se referir ao efeito que as características dessa trama brasileira causam aos espectadores. O autor afirma que “o filme continua pingando limão na ferida”.

 O ator Wagner Moura é elogiado pelo autor, por mostrar ainda mais o lado humano e sensível do policial que é rígido e autoritário no trabalho. Porém, a crítica dá importância também à participação dos outros personagens, que adicionaram dramaticidade à trama e conduziram muito bem o lado cômico da mesma, com frases como "Cada cachorro que lamba a sua caceta", "Quer me foder, me beija" e "Tá de pombagirice?!". Mas, Marcelo Forlani usa também o argumento causal de que a comédia só funciona de uma boa forma no filme por conta dos momentos de ação e tensão muito bem elaborados.

 A comparação é um recurso usado mais uma vez durante a crítica para elogiar o realismo presente na trama, diferente do que é mostrado em alguns filmes holywoodianos do gênero. O crítico diz que tal qual o BOPE, Padilha não poupa seus personagens e quem tiver que morrer para dar realismo à trama, não vai durar na tela.

 Marcelo Forlani finaliza prevendo que mais críticas sobre Tropa de Elite 2 irão surgir, já que esse é um filme que diverte o público e ainda o faz pensar sobre a atual situação política brasileira, o que me permite concluir que essa foi uma crítica positiva.




Escrito por Karina Gomes de Almeida

Análise de Crítica Cultural: Filme "Peixe Grande"

A análise a seguir se refere à crítica escrita por Robledo Milani para o site Papo de Cinema, sobre o filme Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, de Tim Burton. O texto completo da crítica pode ser conferido aqui.

Capa do filme

A crítica começa citando as questões discutidas no filme através de uma dissociação, como pode ser visto na passagem “(...) o desconhecido apaixonante e o comum aborrecido”, apresentando a narrativa de realidade versus fantasia e define Peixe Grande como a obra mais íntima e pessoal de todos os longas dirigidos por Burton.

Em seguida, o autor faz uma associação entre o enredo - a história de um homem que busca a verdeira história do pai que está prestes a morrer - e a trajetória pessoal do diretor, ao dizer que “ele revisita sua infância problemática e a complicada relação familiar”.

Através de uma afirmação por autoridade, Milani argumenta que Peixe Grande “é um momento de ruptura, quando o novo se torna velho, que o imediato ganha nova e delicada leitura”, caracterizando o longa comoum dos mais completos e bem acabados exemplos de tudo que esse artista é capaz de produzir e idealizar”, ainda que não seja o ponto alto da carreira de Burton.

Milani apresenta a sinopse do filme, baseado no livro homônimo de  Daniel Wallace, citando também os artistas, como Billy Crudup, no papel de Will, o filho recém casado e com um filho à caminho que não conhece o próprio pai, e Edward, papel de Albert Finney.  A crítica desperta o interesse do leitor ao apresentar os personagens, comparando Edward a “um tipo de homem que todo mundo conhece, fácil de se gostar, mas difícil de se conhecer de verdade”.

Cena em que Will diz ao pai que não sabe quem ele realmente é.

A crítica destaca (qualificação) ainda sobre como o roteirista John August é hábil em combinar o universo fantástico característico de Burton com um enredo puramente humano, dizendo que “a união destes dois extremos resulta em um conjunto muito gratificante”.

Milani diz que cineasta se mostrou mais contido nesse filme - quando se faz uma comparação com o repertório de Tim Burton -, mas que os cenários deslumbrantes e fantásticos estão presentes tanto na fotografia do filme como nas histórias contadas por Edward, que “discorrem sobre gigantes, cidades perfeitas onde todos são felizes, bruxas mal-humoradas, lobisomens donos de circos, irmãs siamesas, bebês que saltam de dentro da barriga de suas mães na ânsia de nascerem, poetas que se tornam milionários em Wall Street e o amor perfeito, vivido por ele mesmo com sua esposa”.

Edward ao conhecer sua esposa no circo.

Por fim, Milani elogia a escolha do elenco, com nomes como Ewan McGregor, Jessica Lange, Alison Lohman e Danny De Vito, e afirma que Peixe Grande é “um exemplo preciso do que a criatividade, quando canalizada e bem explorada, é capaz de atingir”. O crítico conclui que a inteligência e a perspicácia de Burton evita clichês óbvios aos tratar de valores comuns, como amor e família, e que busca do cineasta para  “mostrar que, uma vez que a crença exista em nós, tudo pode ser possível” é algo que o próprio faz com “maestria em todos os aspectos” e, consequentemente, torna Peixe Grande um de seus filmes mais sentimentais.

Will e Edward

O crítico atribuiu ao filme uma nota de 4,5 de 5 e os leitores 5. Na página também há informações sobre o filme, como ficha técnica, sinopse, curiosidades, imagens e vídeos. 

Texto por Amanda Cordeiro Padilha

Análise de crítica cultural: Filme "Meia Noite em Paris"

A análise a seguir foi feita pela aluna Thaís Mariquito Salomão. Ela se refere à crítica de Lucas Salgado para o site AdoroCinema.com sobre o filme Meia Noite em Paris, escrito e dirigido por Woody Allen.

O autor inicia a crítica falando sobre a cidade de Paris, que serve de cenário (e, às vezes, personagem) para o filme, e suas representações em diversas produções cinematográficas. Ele elogia a forma como a cidade foi abordada neste filme e dizendo que "é neste novo longa que se sai melhor em capturar a essência de uma cidade. Na verdade, a Paris de Allen pode nem ser a Paris real, mas é a dos apaixonados".

Sobre o diretor, o critico afirma considerar uma injustiça as duras críticas que Allen recebeu nos últimos anos, usando como argumento o fato de, nos últimos dez anos, ele ter, pelo menos, três filmes marcantes (este, incluído). Comparando com trabalhos anteriores, Lucas Salgado diz também que, mais que das outras vezes, Allen abusou de referências a nomes da música, cinema, literatura e arte e "chega perto de se perder", mas que isso não aconteceu, graças ao "ótimo roteiro e atuações marcantes do elenco".

O autor da crítica também elogia o diretor de fotografia, Darius Khondji, dizendo que ele "se saiu muito bem ao capturar as belezas da capital francesa e seu próprio clima, sem a frieza de Londres ou a 'caliencia' de Barcelona".

O ator principal, Owen Wilson, e a coadjuvante, Marion Cotillard, também são veemente elogiados com expressões como "absolutamente deslumbrante" e argumentos como "responsável direto por despertar o interesse do espectador na trama".

Também é importante perceber o "protesto" do autor, que, ao ilustrar sua crítica (no atual formato da crítica no site, não é mais possível ver a imagem), usou o cartaz americano do filme, por ser "belíssimo", com referência ao quadro "A Noite Estrelada", de Van Gogh, enquanto o cartaz brasileiro possui um "cenário genérico", que não faz jus à cidade-cenário do filme.

No geral, pode-se afirmar que a crítica é positiva e bastante tendenciosa, carregada de adjetivos elogiosos e referências a outras obras cinematográficas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Análise de crítica cultural: Filme Cilada.com




            Já que não há somente um  lado da moeda, a minha análise se refere à critica de Roberto Cunha para o site adorocinema.com sobre o  filme Cilada.com

Cilada.com bateu recordes de público no cinema, além de estar entre os melhores lançamentos de 2011, o filme levou aos cinemas a marca surpreendente de cerca de 440.978 pessoas. Com uma receita de 4.895.478 reais, o filme foi um sucesso para deixar sem voz qualquer crítico que se sentisse incomodado com o enredo da trama.


O autor inicia sua critica dando ênfase aos erros do cenário cinematográfico mundial, erros estes,  que não puderam ser encontrados no filme cilada.com . Além disso, o critico faz uma observação  sobre o filme, destacando que mesmo ele tendo vindo de um seriado, as pessoas que nunca o viram entenderiam perfeitamente o seu sentido. Nesse momento, o autor realiza uma comparação com o filme “A mulher invisível”, que não teve tanta sorte tendo vindo também de um contexto parecido.


Uma outra observação feita pelo crítico, está relacionada ao conteúdo humorístico do filme. De acordo com ele, as hilárias indagações presentes no filme,  e os diálogos entre os personagens, geraram uma série de risadas no público. Por outro, o autor aborda também, que o filme contém algumas partes (quase no final) de um humor um pouco picante, e que dependendo do estilo do publico, pode vir a incomodar.

No final, o autor busca encerrar sua tese fazendo um link entre a situação pela qual se passa o enredo do filme, com um contexto mais voltado para o lado sentimental: O amor.


Por Elias Arruda



Análise de crítica cultural: Totalmente inocentes

A análise a seguir refere-se à crítica feita por Marcelo Forlani, no dia 7 de setembro de 2012, para o portal Omelete, sobre o filme "Totalmente inocentes" (2012), dirigido por Rodrigo Bittencourt. Para conferir a crítica completa, clique aqui.



A crítica inicia-se de forma bastante enfática, com o autor utilizando uma metáfora para dizer, logo no subtítulo, que o filme não alcança seu objetivo. No início do texto, a partir de paródias do título do longa-metragem, Forlani argumenta que o filme é idiota, dispensável e sem noção, além de ser a "soma de situações e piadas sem graça recheadas de momentos de vergonha alheia".



Após fazer uma breve apresentação do enredo e dos atores de Totalmente inocentes, Marcelo Forlani usa um argumento de autoridade e fala sobre algumas referências presentes no filme de Rodrigo Bittencourt sobre outras obras do cinema.

Quanto às animações presentes no filme, são feitas comparações com "Kill Bill", de 2003, dirigido por Quentin Tarantino. É citado também o filme "Scott Pilgrim vs. the World", de 2010, dirigido por Edgar Wright, de onde teriam sido copiados os elementos gráficos presentes em abundância na obra. Encontram-se também referências a filmes nacionais aclamados em geral pelos críticos, como "Tropa de elite" e "Cidade de Deus".

Na sequência, é feita uma ligação com a tese inicial de que o filme causa vergonha alheia em quem assiste. São dados exemplos de atuações ruins em personagens bizarros, como os de Kiko Mascarenhas e Ingrid Guimarães, que interpretam um travesti que perdeu o comando de um morro e uma chefe de redação de jornal lésbica, respectivamente.

Por fim, Marcelo Forlani usa mais uma metáfora para reforçar sua ideia de que o filme é ruim e não logra êxito na busca de satirizar os filmes que abordam as favelas brasileiras em suas temáticas. Com isso, Totalmente inocentes entra na vasta lista do cinema nacional de comédias sem graça.

Texto por Rafael Mendonça

ANÁLISE DE CRÍTICA CULTURAL: ROBOCOP 2014

A análise a seguir se refere a crítica sobre o filme Robocop, feita por Marcelo Hessel, do site Omelete no dia 20 de fevereiro de 2014. Para acessá-la na íntegra, clique aqui





Logo no início, a crítica faz uma analogia ao Robocop anterior, que foi lançado em 1987 e foi um dos clássicos de sua época; dessa forma se transmite uma grande curiosidade ao leitor, apesar de remakes serem geralmente vistos com desconfiança, ainda mais por inúmeros insucessos recentes.

Não suficientemente satisfeito em comparar o velho e novo filme ‘Robocop’, o autor também ressalta a similitude de José Padilha, renomado diretor brasileiro, (que leva em sua bagagem sucessos como Tropa de Elite I e II) atuar numa produção de mesmo gênero, com a diferença de desta vez ser uma produção hollywoodiana.

Também associa e compara os protagonistas dos dois filmes; tanto Capitão Nascimento quanto  o ‘’Policial do Futuro’’ são obrigados a se desumanizar para enfrentar o crime, de forma que as ações seriam cada vez mais robóticas e automatizadas. Assim, esvaziando-os de decisões, o autor deixa claramente uma visão negativa ao trabalho do diretor brasileiro  neste aspecto específico.

Em seu enquadramento do real, o autor cita que a nova filmagem tem aspectos inovadores, como por exemplo, a maioria das cenas de ação em tomadas de câmera são em 1ª pessoa, uma clara analogia às novas tecnologias, principalmente aos vídeo games. Entretanto, não deixa de apontar pontos negativos, principalmente por apequenar a figura do protagonista ao propor muitos temas em debate e, com uma dissociação, deixa claro que o uso confuso do tema musical do filme faz o espectador não entender se deve ou não aderir a ele.

Concluindo, a crítica aborda aspectos bons e ruins do filme, mas a parte negativa parece ter se sobressaído sobre os pontos positivos, deixando claro que o Robocop de 2014 foi um pouco decepcionante pela expectativa gerada tanto pelo de 1987, quanto pela mistura que o diretor José Padilha trouxera da experiência de seus Tropas de Elite.

Por Luiz Carlos Pereira de Lima

Análise da Crítica Cultural: Child of Light

A análise a seguir se refere à crítica escrita por Míriam Castro para o site Omelete, sobre o jogo Child of Light, da empresa Ubisoft Montreal. O texto completo da crítica pode ser conferido aqui.


A crítica do jogo começa com uma dissociação, afirmando que nem sempre histórias bonitas, são histórias felizes. Para a autora, “é preciso ter um pouco de tristeza para fazer com que algo penetre o suficiente no coração de quem vê” e para demonstrar que, em sua opinião, o jogo cumpre esse papel, Míriam faz uma aproximação entre elementos opostos: a leveza de contos infantis e o peso de experiências difíceis.

Críticos de jogos, em geral, também são jogadores e, portanto se valem da afirmação pela autoridade, uma vez que possuem experiência anterior com outros tipos de jogos e são testemunhas do objeto criticado quando jogam as produções, a fim de avaliá-las. Com Míriam Castro não é diferente. O texto é direcionado para a comunidade de jogadores de vídeo-games e, por isso, a autora faz referências a jogos já conhecidos pela comunidade, gerando uma identificação do público com a argumentação e estabelecendo as bases para as comparações que serão feitas.

Míriam descreve a atmosfera de Child of Light utilizando, principalmente, argumentos analógicos, como comparações e metáforas, como ao citar as influências dos Role-Playing Games (RPGs) japoneses na construção da obra, ou afirmar que “o jogo é uma mãe carinhosa lendo uma aventura aos filhos sonolentos”. A autora ainda busca despertar a curiosidade do leitor, afirmando que o título está repleto de novidades, o que o torna diferente do que é tradicionalmente oferecido pelo mercado.

Grande parte da crítica trata da ambientação e jogabilidade de Child of Light, falando sobre a mecânica do jogo, gráficos e trilha sonora, o que torna a crítica bastante descritiva. Entretanto, tendo em vista que o texto é voltado para um público específico, esse é um ponto positivo, já que ao descrever a autora se vale de pressupostos comuns aos jogadores, como a ampla aceitação de uma nova plataforma de construção desenvolvida pela empresa (UbiArt Framework) e utilizada no jogo. Tudo isso contribui para que o leitor se identifique com o que está sendo descrito e seja convencido pelos argumentos apresentados.


Enfim, a autora, mais uma vez, usa a dissociação se dirigindo aos “fãs de RPGs mais ávidos”, e destacando que um jogo não precisa de soluções mirabolantes para fisgar seu público, sendo esse o caso de Child of Light, que se destaca pela “humildade e fragilidade”. A crítica é positiva e, além de esclarecer possíveis dúvidas a respeito do jogo, desperta no leitor interesse pela produção.

Texto por Juliana Dias Gomes

Análise de crítica cultural: Os Miseráveis/Les Misérables (2012)


Em 2012, Tom Hooper decidiu trazer para as telonas mais uma versão de Os Miseráveis. O longa é baseado no musical "Les Misérables", de Alain Boublil, Claude-Michel Schönberg e Herbert Kretzmer - este é baseado no romance de mesmo nome, do francês Victor Hugo, escrito em 1862. No elenco: Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Helena Bonham Carter e outros. No Brasil, o filme teve sua estreia em 1 de fevereiro de 2013. A produção recebeu 8 indicações ao Oscar e venceu em três categorias: Melhor Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway; Melhor Mixagem de Som - Andy Nelson, Mark Paterson, e Simon Hayes; Melhor Maquiagem e Penteados - Lisa Westcott e Julie Dartnell.


Você pode ler a sinopse do filme clicando aqui.


Trailer legendado:

A seguir, uma análise completa da crítica escrita por Natália Bridi, em 31 de janeiro de 2013, para o site Omelete.

Você também pode acessar a crítica na íntegra, clicando aqui.

Temos, no início da crítica, uma apresentação do real, onde a autora da crítica oferece as origens da obra literária que baseou o filme. Ela já intenta criar uma ressonância, apresentando uma descrição do real, que compartilha com o público uma visão de mundo evidente. Ela consegue trazer, já no primeiro parágrafo, uma junção de apresentação do real com a ressonância, invocada por expressões como “o peso das classes sociais” e “desigualdade”.
A seguir, apela para o sucesso da obra literária que baseou o filme: “... milhares de exemplares vendidos em apenas 24 horas...”, “... publicações simultâneas pelo mundo...”, “... incontáveis adaptações ao cinema e à TV...”. Enfim, vários exemplos são usados nesse argumento de qualificação, evidenciando a qualidade da obra.
A autora não deixa, é claro, de citar o diretor da produção, Tom Hooper, lembrando de seu sucesso por “O Discurso do Rei”, uma recordação de fatos que constitui um reenquadramento do real, além de servir como argumento que confirma a competência e a experiência de Hooper.

Hugh Jackman, como Jean Valjean

Quando a autora começa a se focar na produção, faz novamente o reenquadramento do real, descrevendo agora o roteiro do filme, que pode surpreender por seu formato cantado - literalmente. Afirmando que a versão “soa estranha àqueles acostumados com musicais mais leves ou para quem simplesmente odeia o gênero”, Natália desperta a curiosidade, ao fazer pensar numa maneira nova de ver as coisas. Além de criar interesse no leitor, quando diz sobre a característica “realista dentro de um universo teatral” da produção.

Anne Hathaway interpreta Fantine

A autora também faz uma ampliação, acentuando a cena em que a personagem Fantine canta “I Dreamed a Dream”. Em certo momento, é trabalhado um jogo de associação e dissociação entre “cantar ao vivo, ao invés de usar canções gravadas em estúdio” – aqui, Natália usa de qualificação para valorizar a atitude, dizendo que “o filme transforma simples encenação em atuação”. Mas uma observação a ser feita é que ela faz questão de lembrar como as “quase três horas cantadas são cansativas e ora desafinadas”. Mesmo especificando que o filme não é “um produto para todos os públicos”, falar dessa forma sobre a decisão pelas canções ao vivo acaba por se tornar certo vacilo, porque além de deixar transparecer uma opinião pessoal - totalmente repudiada por Cintra Torres em seus estudos sobre crítica - Natália, nesse exato momento, diminui toda a argumentação bem construída até agora, para tornar maior a probabilidade de o leitor perder o interesse no filme.
Depois, ela volta a usar afirmação pela autoridade, ao citar o diretor de fotografia Danny Cohen, também rebuscado de “O Discurso do Rei”. E, então, começa a apresentar suas impressões sobre os aspectos técnicos do filme: fala sobre enquadramento, close-ups, etc. Aproveita para valorizar a sequência do perdão do Bispo e a decisão de Valjean por tomar novos rumos – qualificação e ampliação.
Inspetor Javert
Mesmo julgando a “paisagem criada digitalmente” na cena do inspetor Javert cantando no telhado, Natália faz elogios ardorosos à direção de arte e seu trabalho com as cores.
Madame e Monsieur Thénadier e Cosette
Ela segue trabalhando com a amplificação, enumerando e descrevendo os personagens; e também cita algumas canções, dando crédito a Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter pela atuação em “Dog Eats Dog”.
No fim, a autora faz uma associação da obra de Victor Hugo com a produção, elogia o trabalho de adaptação e, usando de valores comuns, planta no público, mais uma vez, o interesse e a curiosidade.

Excetuando alguns deslizes que acabaram por expor sua opinião pessoal e desviar a atenção de um público não compatível com esse tipo de projeto, considero a crítica de Natália muito bem trabalhada e muito positiva, já que, além de organizar muito bem os argumentos – apresentados em abundância por toda a crítica -, ela aponta as principais informações e características do filme; e faz isso com riqueza de detalhes. Sendo assim, se alguém pensar em assistir ao longa, mas se sentir desmotivado por falta de conhecimento a respeito do trabalho, não poderá dizer isso depois de ler essa crítica.

Texto por Geisiana Gonçalves de Almeida

Análise da Crítica Cultural : X-Men Dias de um Futuro Esquecido

A análise a seguir refere-se à crítica feita por Érico Borgo para o site Omelete sobre o filme X-Men Dias de um Futuro Esquecido, publicada no dia 18 de maio de 2014.

Para ler a crítica na integra, clique aqui




A crítica começa com um subtítulo que diz "Nem tudo pode ser salvo por viagens no tempo". Nesse momento o jornalista já mostra que direção a crítica vai tomar. O leitor especializado, que conhece o enredo do filme já se situa rapidamente, visto que a obra analisada envolve viagens no tempo, fica claro então para ele que essas viagens não são o bastante para consertar os problemas que o filme apresenta enquanto o leitor comum, sem conhecimento da história pode estranhar esse subtítulo.

Esse problema é logo sanado pois o crítico apresenta um extenso plano de fundo sobre a obra. Ele apresenta referências aos filmes que antecedem o atual, o porque das viagens no tempo serem necessárias e o motivo desse ser tão esperado pelos fãs da saga. Tudo isso é escrito de uma forma que qualquer leitor pode entender. Porém existe uma aproximação muito maior com o que é considerado o público-alvo do site, que muitas vezes é fã de quadrinhos e ficção. Portanto o escritor sente-se à vontade para usar expressões como "A resposta é clara para qualquer nerd: viagem no tempo!" e "como tornar a salada super-heroica de X-Men coerente outra vez?".

Chegamos então à apreciação do crítico. Érico Borgo é uma autoridade no assunto, pois além de crítico o autor sempre se mostrou um fã de X-Men, Então está apto a analisar profundamente o filme. Sua análise começa comparando as cenas que acontecem no passado com os filmes de assalto da mesma época. A associação com o filme X-Men 2 de mesmo diretor é positiva, de acordo com o crítico, o diretor foi capaz de manter suas melhores características, extraindo boas cenas do elenco e uma ação que prende o público. A curiosidade para se ver o filme é criada quando o autor coloca frases como "Já o velocista Mercúrio (Evan Peters) surpreendentemente rouba a cena em uma das sequências mais inspiradas do longa", mostrando que não era esperado que esse personagem fosse ser tão explorado e deixando o leitor disposto a ir ao cinema para descobrir do que se trata a cena.
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Então a crítica assume um papel mais negativo, deixando claro que a Fox (empresa responsável pela saga) repete os mesmos erros do passado e faz uma apresentação do real ao dizer que o filme X-Men Primeira classe foi brilhante porém seu sucessor não foi capaz de alcançar uma história tão boa e na verdade parece mais uma desculpa para consertar erros do passado, o que o subtítulo da matéria deixa claro que não foi possível. O autor se mostra receoso com o futuro dessa franquia no cinema, visto que mais uma vez a produtora acabou se perdendo ao contar essa história.

A análise é mais voltada para os aspectos narrativos do que técnicos, e embora comece positiva, elogiando a ambientação e ação do filme, ela é encerrada com negatividade. A parte negativa da crítica é muito mais voltada para um desapontamento pessoal do jornalista como fã da obra analisada que esperava ver um produto mais sólido por parte da produtora, porém o crítico acredita que os leitores aficionados da obra vão se identificar com esse pensamento. No final temos a frase do subtítulo reproduzida quase igualmente: "Certas coisas nem viagem no tempo corrige, aparentemente" deixando claro uma crítica negativa.



Análise Da Critica Cultural - O grande Gatsby

    Esta é a análise da crítica de  Ricardo Calil sobre o filme "O Grande Gastby"  que está disponível no site do jornal  Folha de São Paulo  e foi avaliado como regular, ganhando  três  estrelas.A crítica foi publicada em 7 de junho de 2013,pouco mais de um mês após o lançamento do filme.
   O filme protagonizado por Leonardo Di Cáprio e Carey Mulligan é uma adaptação do clássico literário  de F. Scott Fitzgerald e se passa na  Nova York da década de vinte.A narrativa se dá  através do  personagem de Toby Maguire, Nick, e  conta a história de um misterioso milhonário de nome Jay Gatsby.

    Ao iniciar sua crítica Ricardo Calil faz um enquadramento  do real baseando em sua experiência como crítico e diretor para dar um primeiro parecer ao leitor sobre a produção filme: "O grande romance americano do século vinte, com a prosa refinada de F.Scott Fitzgerald, transformado em filme por um cineasta assumidamente kitsch e em curva descendente na carreira...".O crítico utiliza de uma linguagem simples, com poucos ou nenhum termos técnicos, mas apesar disso faz muitas refêrencias a narrativa de Fitzgerald.


   O crítico descreve rapidamente a trama que envolve o filme e faz associação de outros trabalhos do diretor com a aobra em questão.Além disso utiliza -se de sua autoridade no assunto para avaliar o trabalho do diretor, fazendo uma associação com o personagem principal, Jay Gatsby, e o diretor,Baz Luhrmann.Para ele o diretor não conseguiu abordar todos os aspectos do personagem principal e deixou a desejar em relação a valorização da narração de Nick.Ele encerra a crítica embasado em sua experiência e utilizando-se de pressupostos comuns , para afirmar que o diretor não soube   explorar a trama por completo.

    A crítica de Ricardo Calil pode ser caracterizada como uma  crítica negativa, uma vez que sua argumentação baseou-se apenas na experiência e
na opinião do autor e voltou-se principalmente para o cineasta e pouco para a obra.

Análise da Crítica Cultural - O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro

  A análise a seguir refere-se a critica feita por Marcelo Hessel, publicada em 30 de abril de 2014 para o site omelete sobre o filme O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Para ver a crítica completa clique aqui


  O autor inicia fazendo uma critica ao roteiro de Alex Kurtzman e Roberto Orci  e usa da analogia com o próprio nome do filme, dizendo que eles tem a tendencia em sempre lidar com o espetáculo e não necessariamente com o espetacular. Usa como exemplo outros roteiros da dupla como em Além da Escuridão - Star Trek e Transformers para dar mais veracidade aquilo que ele pretende defender em sua analise critica.

  Dentro dos elementos que o autor julga relevante diante de sua visão como espectador  e principalmente seu ponto analítico de uma pessoa com posse de conhecimentos dessa área e produção videográfica, ele destaca a grande preocupação com a estética, os efeitos especiais e o descompromisso com o potencial narrativo do filme. O que segundo ele da uma forma mecanizada ao filme, que acaba focando apenas na ação e tira a relevância das crises e tragedias que acontecem no decorrer da trama.

  Marcelo, portanto, faz uma critica negativa sobre o filme e faz inclusive uma comparação com a versão dos quadrinhos de Peter Park, que é capaz de aprender com seus erros, levantar-se de novo e tornar-se um herói melhor, e ele aponta que nessa nova versão do personagem, este não parece crescer com a perda e sim opta pela fuga.


  Para ajudar no embasamento de sua critica ele cita outro personagem de grande sucesso do cinema de fantasia e aventura Harry Potter e seu legado deixado sobre protagonistas protegidos por um heroísmo hereditário e com coadjuvantes funcionais que resolvem boa parte dos ocorridos. E com isso, cria um herói sendo tratado com mimos e sob falsos dilemas.


Texto por Carolina Rossi

Análise da Crítica Cultural : Annabelle

   A análise abaixo se refere à crítica feita por Natália Bridi, em 8 de outubro de 2014, para o site Omelete, sobre o filme Anabelle, lançado recentemente no último dia 10. Para ler a crítica completa clique aqui.


  Os primeiros argumentos da análise são voltados para a questão financeira dos filmes produzidos pelo diretor James Wan. Segundo ela, James consegue fazer filmes assustadores e transformar orçamentos modestos em grandes franquias lucrativas,  que é o caso da obra cinematográfica Annabelle, com uma produção de baixo custo de oficialmente US$ 6,5 milhões. Dentre esses aspectos, Natália faz uma comparação com outros filmes de Wan, Jogos Mortais (2004),investimento com  bom retorno financeiro  e Invocação do Mal (2011), que teve uma bilheterias  de US$ 318 milhões para um orçamento de US$ 20 milhões.

 
  Em seguida, Natália associa o longa metragem ao sucesso de Invocação do Mal que, para ela, nada mais natural que continuar a explorar a nova fonte de sucesso de elementos preexistentes. É importante lembrar que, em vez de uma segunda versão de Invocação do Mal, Wan resolveu diversificar, explorando a boneca vista no início do filme sobre os demonólogos.

 
  A autora ressalta a habilidade da produção do longa por trabalhar a presença estática da boneca, dissociando-se de um brinquedo assassino. São os grandes olhos que mostram as intenções diabólicas de Annabelle.

 
  Natália faz uma analogia importante quando afirma que o filme compõe pequenas homenagens aos clássicos do terror, como O Bebê de Rosemery e Pânico, devido as diversas semelhanças existentes entre esses filmes. A ressonância está presente quando a autora flerta com questões mais profundas, vividas por muitas pessoas no dia a dia, como a maternidade e a forte ligação que existente entre mães e filhos.

   
Por fim, o crítico questiona a limitação do elenco, encabeçado pelos quase desconhecidos Annabelle Wallis e Ward Horton. Os  dois não passam emoção. São profissionais, mas também artificiais. Leah, a filha de poucos meses do casal, acaba sendo a personagem com mais carisma do longa. Também faz críticas pela manipulação da altura do som para chegar aos sustos. Ainda sim, Natália vê o resultado final do filme como satisfatório, o que leva a crítica a possuir um caráter positivo.

Análise de Crítica Cultural - Entre Nós

  A análise a seguir refere-se à crítica feita por Paulo Floro, em 27 de março de 2014, postada no site da Revista O Grito! sobre o filme Entre Nós (2014), um dos mais recentes filmes brasileiros do gênero drama. Para ler a crítica completa, clique aqui.



  Paulo Floro começa sua crítica com uma sinopse com algumas informações básicas sobre o filme.  Essa parte situa os leitores e apresenta um pouco do filme que será abordado na crítica.



  Floro faz uma analogia quando diz que o filme tem uma proposta pouco explorada no cinema nacional e compara a narrativa de Entre Nós com as narrativas de autores como Woody Allen, Pedro Almodóvar, John Cassavetes. Essa forma de citar outros autores atiça a curiosidade dos leitores que já conhecem trabalhos desses autores a querer ver também o filme abordado.

  Paulo Floro faz um enquadramento do real quando diz que Morelli "cria tensões em diversos enlaces - há casamentos em crise, amores não correspondidos, mentiras, tudo muito bem explorado. Aproveita ainda para contextualizar gerações, mostrando um grupo envelhecido e carrancudo, de perspectivas rasas sobre o futuro (o ano é 2002 e Lula está prestes a ser eleito – mas o grupo é um claro contraste ao clima que dominava o País na época) ".

  Como o autor tece sobre os bons aspectos do filme e elogia a atuação dos atores e atrizes, deixando bem claro a sua opinião, pode-se dizer que a crítica é positiva. O que não acha bom (considera o início do filme uma narrativa muito arrastada) ele critica mas logo em seguida apresenta um elogio, finalizando dizendo que o filme cumpriu com seu intuito, que era mostrar que
"o passado pode ser cruel, mesmo quando belo".

Abaixo, um vídeo no qual elenco e equipe falam sobre o longa:



Texto por Marina Metri

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Análise da Crítica Cultural: Person of Interest

A análise refere-se a crítica feita pro Rodrigo Canosa sobre o episódio do seriado Person of Interest, postada em 22 de novembro de 2013. Confira a critica completa: http://www.seriemaniacos.tv/person-of-interest-3x09-the-crossing/

Rodrigo Canosa começa sua crítica com uma frase de efeito, “O episódio mais bombástico de toda a história de Person of Interest”, isso desperta o interesse do leitor. Durante todo o texto ele estabelece um diálogo com o leitor, pois ele está exercendo uma função de critico, mas também de espectador, e aproxima a critica do leitor ao equiparar os sentimentos sentidos por ambos.
Rodrigo utiliza de pressuposto comum ao afirmar que nunca se espera a morte de personagens principais e destaca que, por essa série não ser comum, isso não ocorreu.
Ele alia a sua experiência como espectador com a do leitor ao escrever um parágrafo inteiro unindo pedaços da narrativa e o sentimento que foi acompanha-la. Percebe-se então, que a crítica destina-se a um público especifico, pois o leitor comum não conseguiria acompanhar a crítica integralmente, por não conhecer o seriado. O crítico não explica, nem resume a obra e sim analisa um episódio especifico, objetivando um público alvo, ou seja, os espectadores do seriado.



            É perceptível o uso de analogia ao comparar o final do episódio com uma cereja de bolo. Rodrigo faz uma apresentação do real ao analisar que o roteiro explorou bem todos os personagens nesse episódio. Há ainda um reenquadramento do real, ao descrever a relação entre os personagens. Além disso, Rodrigo faz uma comparação de situações ocorridas em um outro episódio do seriado.
            Cintra Torres defende a crítica alheia a opinião pessoal, entretanto, Rodrigo expressa sua opinião em alguns momentos, mas são opinião a respeito do decorrer da trama. Sua avaliação não é comprometida, pois a opinião expressa é sutil, sendo perceptível em alguns adjetivos.
  Por fim, o crítico analisa positivamente a obra, principalmente pelo roteiro e a construção dos personagens. Além disso, ele destaca o seriado por, diferentemente de outras ficções, chocar o público ao fugir do pressuposto comum de que os personagens principais sempre terão um final feliz.


          

Análise da Crítica Cultural - Quod Erat Demonstrandum

A análise abaixo se refere à crítica escrita por Guilherme Coral sobre o filme romeno Quod Erat Demonstrandum, em 26 de setembro de 2014 no site Plano Crítico.  


Para ler a crítica analisada, clique aqui.


A crítica tem início com duas frases que sequer mencionam o filme que está sob análise, mas fazem menção histórica a governos ditatoriais, que frequentemente despertam a curiosidade do leitor . Através da comparação, se estabelece um link com a história contada por Quod Erat Demonstrandum, que mostra uma Romênia em um período ditatorial durante a Guerra Fria.

A crítica apresenta o enredo de forma mais detalhada, descrevendo-o,  a fim de situar o leitor que não assistiu ao filme. O crítico, tendo competência no assunto, é visto como alguém que apresentaria argumentos de autoridadeO autor apresenta a trama como simples, por se tratar de uma narração do dia-a-dia de pessoas comuns, e afirma que o fator que atrai a atenção para o filme é sua monotonia. Tais fatores são apresentados como uma dissociação das produções óbvias de Hollywood às quais o público está habituado.

O autor afirma também que Quod Erat Demonstrandum não é um filme fácil de ser assistido, o que é um pressuposto comum, dada a sua monotonia. No entanto, Guilherme apresenta uma dissociação ao explicar que tal característica conta com um forte valor narrativo.

Coral faz também uma associação e reenquadramento do real ao apresentar a narrativa do filme de um professor de matemática que é um reflexo do momento político vivido no contexto da Guerra Fria e do regime comunista autoritário no qual estava inserido. É apresentada também uma metáfora sobre os tons em preto e branco do filme, que representariam a "falta de vida" presente naquela história.

A crítica escrita sobre o filme Quod Erat Demonstrandum pode ser, então, considerada como uma crítica positiva, que tem como intuito analisar a obra e conquistar a confiança do leitor.


Análise escrita por Gabriella Weiss

Análise de Crítica Cultural : Gol! Um Sonho Impossível.

A análise a seguir refere-se à crítica feita por Marcelo Hessel, em 17 de novembro de 2005, para o site Omelete sobre o filme “Gol! O sonho impossível” (2005), dirigido pelo roteirista inglês Danny Cannon. Clique aqui para conferir a crítica completa.






                                         

 O autor inicia sua crítica fazendo uma analogia ao tema do filme e o sucesso que o esporte tratado faz no mundo, afirmando que o longa terá sucesso garantido. Porém,o crítico já traz o indicativo por meio de uma afirmação por autoridade, que o filme é de caráter simples, e que, o consumidor está certificado do produto que irá adquirir, e afirma que o longa não é muito gratificante à apuradores de um senso crítico que não suporta propagandas de materiais esportivos ou ouvir que jogadores famosos são sinônimos de homens de sucesso.
  
 O filme conta a vida de um jovem mexicano chamado Santiago Muñez - vivido pelo ator Kuno Beker,que também é de nacionalidade mexicana, - O jovem se muda cedo ilegalmente para os EUA e sonha em ser jogador de futebol profissional. Seu pai não quer saber dessa história de boleiro e coloca o filho a trabalhar com ele. Porém o talento fala mais alto,é claro,e o olheiro e ex-jogador inglês,Glen Foy (personagem de Stephen Dillane) percebe, que o jovem mexicano tem talento para jogar no Newcastle United. Santi viaja com apoio da avó e escondido do pai, enfrenta dificuldades no clube inglês e problemas como : pessoas inescrupulosas,drogas,modelos,jogadores mimados.
  
 Logo, o autor da crítica, faz uma analogia metafórica ao filme, dizendo que a obra é um tipo de premissa maniqueísta, e a compara com filmes da Disney e comédias glicosadas. Ele exemplifica essa metáfora/comparação com alguns conflitos básicos que acontecem na trama, como : A família versus o sonho de ser jogador, os "certinhos" versus os "perdidos", o destino social que está escrito versus a vontade de subir na vida. Santiago é bom. O pai é mal. A enfermeira do clube que se torna interesse romântico do protagonista também é pura. Mas o zagueiro violento e companheiro de clube é mal.
  
 O crítico de gol,Marcelo Hessel, classifica a trama como clichê, já que se trata do sonhos de muitos jovens mundo a fora, e por via de argumentos de afirmação por autoridade, faz críticas construtivas ao roteirista, pelo fato do filme ser claramente objetivo e não trazer lacunas para que espectador possa preencher. No entanto, quando o filme acelera, as cenas de ações tomam conta da história,craques da vida real aparecem no filme,como: David Beckham e Steven Gerard, a trilha sonora cresce de maneira branda,a movimentação nas arquibancadas,o gol no último minuto. Tudo isso faz com que o espectador crie um sentimento emotivo misturado com empatia/torcida( pressupostos comuns) para que Santiago conquiste o sucesso e a realize o sonho ao fim da trama.
  
 Mesmo carente de introspecção dos personagens,e uma trama tanto quanto clichê, o crítico encerra sua análise sobre a obra, afirmando que  catarse para o espectador é inevitável, e quem consome esse tipo de cinema procura exatamente essa libertação psíquica rotineira, afinal o filme trata do esporte mais amado mundialmente. "Viva o mundo da Bola!"


 Texto por Davi Carlos